sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

América latina em algum lugar....


Todas as noites batia nas portas, todas as portas se fechavam. Um gringo fedorento ungia em caçoar-me, não me contive, aos berros gritava "sou da América Latina". A cada grito de dor e penúria via minha vida , minha glória, minha família em algum lugar distante. obstante otimismo degenerado dos fracos... ainda tinha meu sarcasmo, mas não havia com quem contar. Foi juntando alguns trocados, como se junta as peças de um quebra cabeça sem peças. Me despedaçava e juntava os cacos de uma realidade adversa. No vácuo da escuridão subjetiva não tinha mais nada além do grito de dor ! " eu sou da América Latina" pertenço a uma família, mesmo que não tenha família, ainda que degradante e esgotado pelas peripécias da vida...eu sou, eu sou... da próspera e linda...
América latina, um dia hei de rever meus últimos dias nessa terra, ainda que seja a última coisa que faça na vida. Socorro! não há alento nesses olhos tristes que consomem muito para atenuar a dor. Não há dor suficiente para esses escárnios de um velho mundo em putrefacção adiantada. Não há norte para nós, nosso norte é ao sul. E este sul está condenado... não podemos culpar ninguém contento comigo mesmo. Meu contentamento é literatura. 


Hugo Neto.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

BEM VINDOS!

Vai ficar para trás a estrada do dia nossa imensa noite
Cheia de poesia. As flores caem na esquina, de tão simples,
 imagino coisas absurdas. São paredes, quartos e esquinas.
 asfalto de uma estrada, intensa madrugada.

Calafrios e sussurros, bem vindos! – bem vindos!
Crianças a estrada da noite.
- bem vindos – bem vindos.

Antes que o refrão me tome por holocausto
Suplico o dia que virá com as folhas do outono ao chão,
Darei lugar à primavera de um mundo nefasto cheio de
Surpresas.  – bem vindos! De todo modo, sejam bem vindos. 

HUGO NETO .


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

o verdadeiro dono.

Quando o sono regado a café deixa o chão junto com a poesia;
na mão o retrato de um novo dia, estrelas sonhando sob
o céu  numa noite qualquer me pergunto: e onde vai  nossa 
pequenez astuta, ao achar que padrinho ou patrão, ser autoridade 
ter dinheiro na mão ...  leva mais longe do que já chegou o engodo fiel.

E pensar que tem gente enganada fingindo ser estrela, de cor, ou de prata,
quando na verdade  o que mais importa é a verdadeira estrela. 
tem gente pensando que pode e faz, mas diante da morte seu saldo é cruel 
Daria a vida pela natureza de um homem qualquer.

Tem gente pensando que pode e que faz; diante do fato, seu saldo é falaz,

no buraco escuro onde a carne acaba pode ser fatal. 

Por isso aprendo que o mais pobre homem tem o seu valor;
pois no saldo final o dono de tudo sempre é mais real.

Tem gente pensando que pode e que faz; diante do fato, seu saldo é falaz,
no buraco escuro onde a carne acaba pode ser fatal. 

Esquecem do  Dono , simples e verdadeiro, ele é real. 


Hugo Neto.






segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Lírios de um Lábio.

- Vi pelos campos lírios e tentei colher
dar a amada uma amostra do meu amor
mas o mundo caiu e como enxofre em meus
temeros lábios, lábios que um dia beijei
á amostra do amor pela vida, amada escondida,
flertando comigo ... - flertando comigo - fletrtando comigo.
Lírios de um lábio.

Artur Weber.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estrutura do ato moral.

Aula dia 17/08/2010. Definição do assunto/ Consciência moral - Trata-se do conjunto de exigências; prescrições válidas para orientar a escolha;é a consciência que discerne o valor moral de nossos atos.

Ato moral - existencia de dois aspectos: (Normativo) - São as normas ou regras de ação e os imperativos que enunciam o "dever-ser".

(Fatual)- são os atos humanos enquanto se realizam efetivamente. ex:não mate, "cumpra". O campo fatual é a efetivação ou não da norma vivida na experiência. Ex:de acordo com a norma estabelecida mentir é um ato imoral.

o campo fatual diz respeito as normas estabelecidas.

- O Ato moral é um ato voluntário de vontade pela busca do fim proposto.
- provoca efeitos emana da vontade ou determinação e engloba : Liberdade e responsabilidade e dever.

(Ação: sociedade - comprometimento consiguo e com os outros).

Liberdade: cabe sempre ao sujeito agir ou não conforme á norma.

obrigatório: Uma vez estabelecida a norma estabelece-se o conceito de dever para consiguo mesmo e para com a sociedade englobando pólos distintos (indivíduo)(sociedade).

Probmematização: Indivíduo (desejo) - sociedade/Norma/ preservação civil/ (dever).

Bibliografia:Filosofando Introdução a Filosofia; Moderna, São Paulo 2004.ARANHA,Maria Lúcia de Arruda.

Nas calçadas empoeiradas. Por Tiago Silva Barreto.

Nas calçadas empoeiradas
Que cravaste seu rastro
Velacesa corvo bambo
Riscos feitos ao seu lado

Nas poeiras cruzadas
Que banhaste seu corpo
Sangram flautas chovem risos
Riscos feitos na passagem

Nas cruzes enfileiradas
Que deitaste teu dorso
Nascem notas crescem tortas
Riscos feitos na paisagem.